sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

É forte, é complicado, é casamento!

Eu me casei. Foi há uns cinco anos, quando conheci Arnaldo. Vivia viajando a trabalho, mas nem sabia ao certo o que fazia, o que, para mim, era de menos. Conhecemo-nos num evento para defesa da Amazônia e isso já o tornou especial! Meu marido era atencioso, me ligava todas as noites e conversávamos muito. Quando voltava para casa, me levava para viajar, passear ou ficávamos em casa, juntos em frente à televisão.

Arnaldo não era homem de se queixar. Nem eu mulher de reclamar. Nossas vidas eram ótimas como eram, mas parece que é só aparecer um quadro um milímetro torto que o mundo desaba! Meu homem nunca falou de trabalho em casa, mas aquele dia, quando saí do elevador no nosso andar, pude ouví-lo lá de dentro gritando com o celular algo sobre uma madeireira e enchentes, que isso estava atrapalhando o serviço.

Não quis esperar nem mais um minuto e corri para dentro de casa. Ele não tinha reação, mas soube que estava errado, então, foi para o quarto pegar suas coisas. Tentei conversar, mas só ouvi “Minha linda, tenho uma viagem a trabalho e estou meio atrasado. Conversamos depois.”.

Não conversamos depois. O homem foi para Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, no domingo e, ontem, uma árvore caiu sobre seu caminhão. Era transportador de uma madeireira. Irônico, não? Um eucalipto o matara...

A natureza se revoltou antes de mim.

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