(13/06/2013 - Brasil - Alemanha)
Daqui de cima vejo nada.
O céu é imensidão tão grande que não há representação nem sentido algum para mim.
Sua vastidão, agonizante.
Daqui de cima, enxergar é não ver.
A cada hora sentada, descubro-me mais.
Sentindo cada vértebra, cada músculo.
O ar que inspiro chega a espaços no corpo que não tinha conhecimento.
Encontro posições que se tornam confortáveis por conveniêncja
- os pés substituem a cabeça inúmeras vezes.
A coluna rasteja e se torce com a facilidade de uma cobra.
Essa viagem nos céus é mais interna que internacional.
Um comentário:
"Sua vastidão, agonizante!"
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