sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Trabalhamos para viver. Esse é um conceito válido desde as primeiras civilizações e, a partir dessa afirmação, induzimos que aquele que trabalha melhor, vive melhor, o que fomenta a competição no ambiente de trabalho para o alcance de maiores e melhores oportunidades; isso faz parte da base de uma sociedade capitalista e não pode se dizer que é falho, pois enquanto uns lutam por reconhecimento, outros, já reconhecidos, estão lucrando em cima e essa é a moral capitalista do burguês.
Na visão do patrão, o rendimento é mais que o total: lucra muitas vezes mais o que vale a sua mão-de-obra, que, portanto, recebe muito menos que seu real valor. É a mais-valia: o lucro do patrão é, na verdade, o trabalho não recebido pelo operário, o qual deve ser precário, desqualificado e alienado. Deste modo, por mais que em péssimas condições de trabalho, não largará seu emprego porque tem necessidade daquele salário mínimo - às vezes até menor - para seu sustento.
O trabalhador, então, tem sua liberdade enforcada e sua dignidade zerada. E ele estará sempre condicionado a não ganhar: no lucro da empresa não há certeza de que lucrará, mas, no prejuízo, ele necessariamente perde.
Hoje vemos que o número de desempregados diminuiu bem, mas de que vale um país inteiro trabalhando se nenhum indivíduo tem condições dignas de um humano? E isso pode ser muito bem observado nas escolas do Estado nos últimos catorze anos de governo, uma vez que há milhões de prédios-escolas com péssima organização, desatenção na seleção de bons professores e nenhum deles reconhecido como deveria ser.
Propostas para mudanças há várias, mas o homem deve, antes de qualquer pensamento, ser visto como homem e não uma máquina produtora de riqueza, pois esta é a produção e o produtor. O produto é reflexo disso, é virtual. Consequentemente, seu valor também não é real. Aliás, nem o dinheiro tem valor real, pois é especulado. A proposta, então, é que haja medidas sociais que mudem a concepção de riqueza como dinheiro e, dessa forma, valorizem o ser humano.

2 comentários:

Anônimo disse...

a redação superfucker da li \o/

Anônimo disse...

Talvez seja porque prostituimos nossa mente e vendemos a nossa alma cada vez mais, ao valorizarmos coisas fúteis oferecidas a cada esquina. Trabalho não dignifica ninguém! Nos moldes de hoje, num dia estamos empregados e noutro dia estamos na rua da amargura, isso só torna o indivíduo mais idiota e mais neurótico. Deveríamos valorizar o ócio contemplativo e reflexivo como os antigos. Deveríamos desenvolver nossas mentes ao extremo, porque podem nos tirar tudo nessa vida, menos o nosso intelecto!