O que vejo hoje é uma banalidade em volta de toda essa relação afetiva; um apelo sexual. A imagem se tornou muito mais importante que o próprio sentimento. O prazer em dizer que saiu com aquela pessoa muito, muito bonita/atraente é muito maior que o prazer em sentí-la em seus braços.
O que é melhor? Sentir ou causar inveja? Ser sentido ou sentir inveja?
É, assim muda um pouco... O prazer é bom até o ponto em que ele é guardado com você. Agora, caso o prazer seja em causar inveja, a situação é outra e eu não me intrometo! Rs
Um comentário:
O triste é que isso é estimulado, vendável e ataca no ponto do desejo, em oposição à realidade, tão dura, tão difícil, que não permite que quem se quer se aproxime, que desejos concordantes se realizem.
O prazer possível não pode ser realizado por proibições sociais ou psicológicas. Sobra o que? Esse tipo de coisa, que nada mais é que uma das perversões permitidas pela sociedade, que estimula um prazer que não é realizável. E assim o desejo se mantém, cresce e, para ser "satisfeito", compra-se o próximo volume, a outra edição, um objeto. Tornarmo-nos objetos, aliás, títeres de mercadorias. Não podemos mais nos realizarmos como e com seres humanos, mas apenas como consumidores de mercadorias. Só assim nosso imaginário sossega um pouco.
Enquanto, lá no fundo, sofremos mesiravelmente.
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