Mais uma madrugada acompanhada por algumas gotas de chuva, mas não são as mesmas, assim como as de ontem eram desconhecidas. A chuva é tão singular quanto o pôr do Sol. Nem mesmo o barulho das gotas batendo na janela pedindo para entrar, ou então se esparramando pelo chão... E o vento que vem junto também me sussurra fatos diferentes a cada dia. Enquanto isso a aprecio, ela me ajuda a refletir. Por mais que diferente seja, me lembra outras madrugadas, outras lembranças, algumas mudanças.
Mudanças. Acontecem na vida, mas em momentos dela. Tudo o que muda, muda de novo. E de novo. E mais uma vez... Mudanças nunca são eternas. E lembro de ontem, e do que pensava semana passada. Hoje não tenho muita certeza, talvez nem queira mais aquilo mesmo. Talvez queira mais, muito mais! Talvez não queira querer...
O que não muda nunca é o que mais me atrai na chuva. O cheiro.
2 comentários:
Bela observação do que parece simples: a chuva, o vento...
E a vida ela é assim feita de desconstruções. Um dia a gente tem uma ideia de algo, no outro a gente desconstrói, depois constrói novamente... e sempre de uma maneira diferente!
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo[...]" já dizia Raul Seixas e eu, eu concordo plenamente. Como é bom ter a certeza de que não seremos os mesmos amanhã! Certeza de que somos hipócritas sem intenção de ser. O somos porque hoje vemos o que, talvez, não veremos mais tarde.
Ah! É muito bom saber que a vida é incerta, que os pensamentos se transformam, que o planeta continuará a girar e a metamorfosear.
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante!
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