segunda-feira, 18 de outubro de 2010

E por que não carpe diem?

Ao contrário da tradição, que caracteriza o ser humano como racional e pensante, poderíamos vê-lo também como "ser desejante", tal é a força da energia que o impulsiona a agir, a procurar o prazer e a alegria que representa alcançar o objetivo de seus desejos.
Filosofando, Introdução a Filosofia, Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins. 

O amor...
O amor, é chama, é momento, é breve.
Mas que seja eterno enquanto dure.

Ainda no início, há um ciclo vicioso:
quanto mais idealizo, mais desejo;
quanto mais desejo, mais idealizo.

Depois que conquisto, um negócio esquisito: não te conheço.
Não te conheço,
mas me encanto.
Encanto-me e descubro-te;
descubro-te mais e encanto-me mais.
É um ciclo virtuoso.

E quantas virtudes não encontro?
Isso é tudo muito gostoso.

Mas é assim porque você se estendeu a mim.
E se não fosse assim, idealizar-te seria meu fim.
Idealizar e desejar.

3 comentários:

Simone disse...

Um misto de sensações...ora expressa como denúncia,como sujestão,como crítica,ora como sublime poesia...
Manipuladores e Marionetes mostram o casamento perfeito entre penumbra e luz.
Assim vive a humanidade sempre a buscar válvulas de escape.

Kléber Novartes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kléber Novartes disse...

O amor...
O amor é menos chama, é menos momento e com certeza não é breve.
Ou pode ser o oposto sim, mas aí não é amor Nega... Não o amor que eu desejo pra mim, pra você ou para a Simone - aqui de cima.
Sobre tudo fica mesmo o conselho de Vinicius: 'Que seja eterno enquanto dure.' Mas que dure um pouco mais... que entre naquela outra brisa de eternidade.

Há uma coisa me rendo: o ciclo é mesmo vicioso e esquisito. Diga-se de passagem é engraçado também. E num trocadilho perfeito revelou (parágrafos 2 e 3) que talvez, estejamos falando do mesmo amor, em diferentes experiências.

E se eu levar isso em consideração, tudo o que estou escrevendo é redundância. Mas pretendo ser ainda mais redundante, porque gostei disso. risos

Nessa busca me descubro cientista, psicólogo, historiador.
Vou observando tudo, lendo tudo – na expectativa de achar algo que se fez escapar numa entrelinha, e discretamente abobalhado admiro as formas do seu rosto e fico aqui com uma indagação que me furta o tempo, o pensamento, mas é ladrão bonzinho... me deixa cheio de poesia, esperança e saudade.