sexta-feira, 28 de maio de 2010

Além da Janela

E quantas tardes não me pego olhando para a janela? Além da janela. A Natureza, o pôr-do-Sol.

Agora mesmo, estava lendo Maquiavel e em um certo momento de suspiro, me espreguicei. Ergui a cabeça e ela não baixou. Meus olhos vidraram em algo que não as letras do livro. O cérebro tampouco lembrava do texto. Encontrei o Sol, na verdade, o pôr-do-Sol.

Pensei em pegar a câmera. Impossível, minhas pernas não respondiam. Nada em mim se movia, nem meus olhos piscavam.

Por mais que o Sol se ponha todos os dias, é fato: o pôr-do-Sol nunca se repete. E esse é o motivo para minhas pernas não se moverem, nem meus olhos piscarem.

Há os que não têm graça, os que produzem um céu vermelhamente impossível. Aqueles que são apenas uma bola laranja no céu e outros que o pintam como uma tela de aquarela em tons alaranjados, tons fins-de-tarde. Mas cada um com sua peculiaridade, nos provocando as sensações e os desejos mais diferenciados.

3 comentários:

Julian Isidoro disse...

O pôr-do-sol é a coisa mais singular que existe no mundo!
Além de nunca ser igual dia após dia, o significado dele pras pessoas também muda.
As cores são diferentes pra cada um. E o principal é o que nos faz lembrar, o que nos faz pensar, em quem nós pensamos...
Ah, viajei um pouco, mas você expressou bem melhor! Escreve muiiito bem! Parabéns!
muito orgulho...

beijos!
Julian

Anônimo disse...

Beleza.
Também me emociono com alguns aspectos da natureza.
Um céu estrelado sempre provoca algo.
O cheiro da dama da noite, também é provocante.
A Lua, pequena ou grande, sempre trás sensações especiais.
Basta reconhecermos tais sensações e conversarmos sobre sobre elas para ampliarmos tasi emoções.

Laércio

Augusto Ismerim disse...

Concordo plenamente e partilho a vivência: é raro eu não perder a noção do mundo real quanto estou contemplando a natureza...